Imagine a cena: são duas da manhã.
O bebê acorda chorando, encolhe as perninhas, faz careta. Você já tentou embalar, cantar, trocar a fralda, verificar a temperatura… mas nada funciona. E então vem aquele pensamento que atravessa a cabeça como um raio: “Será que é a fórmula que está causando isso?”
Bebês com cólica é um dos maiores enigmas da maternidade.
Você se prepara pra tudo — fraldas, roupinhas, babás eletrônicas… — mas ninguém te avisa o quanto um choro inconsolável pode te fazer duvidar de si mesma. A boa notícia? Às vezes, trocar a fórmula faz toda a diferença.
(Mas não, não é qualquer fórmula. E nem toda promessa de “anticólica” se sustenta fora da embalagem bonitinha.)
Bebês com Cólica. Afinal, como surge?
Nem sempre dá pra saber com certeza.
Pode ser o sistema digestivo imaturo, gases, intolerâncias leves, ou só o organismo aprendendo a lidar com o mundo fora da barriga.
Agora, pensando bem… há uma tendência que muitos pais relatam: a cólica parece piorar após a mamada. Especialmente se o bebê toma fórmula.
Isso não significa que a fórmula seja “vilã” — mas sim que, talvez, o tipo ou composição dela não seja ideal para o seu bebê.
Como escolher uma fórmula que realmente ajude?
Você não precisa de um manual técnico com 40 páginas.
Você precisa de informação clara, de preferência vinda de quem já passou por isso ou escutou muitos relatos reais. Então aqui vai:
As fórmulas que costumam ajudar bebês com cólica têm algumas características em comum:
- Proteína parcialmente hidrolisada (mais fácil de digerir)
- Menor teor de lactose (ou mesmo isenta)
- Prebióticos ou probióticos (pra ajudar o intestino a funcionar direitinho)
- Fórmulas antirrefluxo também podem ser úteis, em alguns casos
Vamos ao que interessa.
1. Nan Comfort 1 (Nestlé)
Famosa entre pediatras e muito usada em maternidades, essa fórmula tem proteína parcialmente hidrolisada e lactobacillus reuteri — um probiótico que auxilia na digestão e reduz cólicas comprovadamente.
Ela não é isenta de lactose, mas costuma funcionar bem em casos moderados.
(Se o bebê não tiver intolerância forte, pode ser uma boa aposta.)
- Lactentes de 0 a 6 meses de idade
- Com prebióticos, dha, ara e nucleotídeos
- O produto não contém glúten
- Este produto não deve ser usado para alimentar crianças, salvo sob indicação expressa de médico ou nutricionista….
2. Aptamil ProExpert Pepti
Essa aqui entra num nível mais específico. A proteína do leite é extensamente hidrolisada, o que significa que ela já vem “quebradinha” para facilitar a digestão.
É uma opção muito indicada para bebês com suspeita de APLV (alergia à proteína do leite de vaca), mesmo sem diagnóstico fechado.
Sim, ela é mais cara.
Mas em alguns casos, é o que resolve o problema de vez.
- Fórmula infantil para prematuros a partir de 1,8kg
- DHA e ARA
- Prebióticos
3. Enfamil Premium Confort
Outra das queridinhas das farmácias. Essa fórmula também tem proteína parcialmente hidrolisada e é rica em prebióticos. A textura dela é um pouco diferente (mais espessa), o que pode ajudar até em casos de refluxo leve.
Agora, entre nós: alguns pais relatam que ela pode causar mais cocôs durante o dia.
(Não necessariamente um problema, mas prepare-se para mais trocas.)
4. Similac Total Comfort
Livre de óleo de palma e com proteína do leite parcialmente hidrolisada, essa fórmula agrada quem busca uma alternativa mais leve — e, ao mesmo tempo, eficaz.
Ela também tem HMO (oligossacarídeos do leite humano), um componente que imita os nutrientes do leite materno.
É como um “plus” pra imunidade e saúde intestinal.
Ah, um detalhe: o sabor dela é ligeiramente mais adocicado. Nem todos os bebês aceitam de primeira — mas os que gostam, gostam mesmo.
5. Alfaré (Nestlé Health Science)
Essa já entra na categoria das fórmulas hipoalergênicas terapêuticas. É indicada em casos mais severos de APLV ou distúrbios intestinais.
Na verdade, pensando melhor… essa é daquelas que só devem ser usadas com recomendação médica. Mas vale mencionar porque muitos pais chegam até ela depois de meses de sofrimento com cólicas severas.
- Fórmula infantil para lactentes e de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância (0 a 3 anos) destinada a …
“Mas se eu trocar a fórmula, vai resolver?”
Talvez. Talvez não.
Mas você ganha uma coisa importante: a chance de entender melhor como o organismo do seu bebê responde. E isso, por si só, já dá um pouco mais de controle em meio ao caos.
(Se você está se perguntando: “Será que devo insistir mais na fórmula atual?” — o melhor caminho ainda é conversar com o pediatra. Mas agora, com essas informações na manga, você vai pra consulta com muito mais segurança.)
Uma pausa rápida para respirar…
Não tem fórmula mágica. Nem sempre a resposta é imediata.
Mas há um alívio estranho em perceber que a maternidade não exige perfeição. Ela exige presença.
Se trocar a fórmula faz com que seu bebê tenha noites menos doloridas — e você, um pouco mais de paz mental — já é um bom começo.
Pra fechar esse ciclo com um fio invisível lá do início…
Lembra da madrugada em claro, com o bebê chorando e você perdida entre culpa e desespero?
Agora imagine essa mesma cena… mas com o bebê dormindo tranquilo depois de uma mamada que não causou dor.
É uma imagem simples. Quase mundana.
E, ao mesmo tempo, é tudo que você quer, não é?
Então me diga:
Qual mudança você ainda está hesitando em fazer, mesmo sabendo que pode mudar tudo?
